segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

A gramática e os revolucionários da riqueza do séc. XXI

Na semana passada Steve Jobs, o patrão da Apple a tal empresa que criou e vende um ipod por segundo Apresentou o iphone: um mobile-netnavegator-mp3player que promete revolucionar os telemóveis e os conteúdos móveis. O iphone vem, pois a galope, juntar-se ao ipod, ao podcast, à web 2.0, à wikipedia, ao blog, ao youtube, ao facebook, ao myspace, ao pda, ao hi5, ao dvd, ao umpc, ao messanger, ao google, ao second life, ao vista, ao outsourcing-insourcing, a Bangalore, à nanotec, à robótica e outros tantos vocábulos e realidades com as quais qualquer jovem dos 18 aos 25 anos dos países desenvolvidos se habitou a lidar. Realidades que fazem parte das nossas vidas e que estão a escrever a história e a evolução tecnológica e do próprio mundo. São vocábulos da nova gramática deste período de tempo que Alvin e Heidi Tofler classificam como d'A Revolução da Riqueza.

E os revolucionários de hoje são conhecidos nos Estados Unidos da América como a Generation Ne(x)t, ou simplesmente a geração da internet, da tecnologia. Eles não querem estatizar o petróleo, os serviços essenciais, nem prometem um mundo melhor. Usam a internet para conhecer pessoas, criar comunidades de interesses e de partilha. São prosumers, isto é consumidores que ajudam as empresas a criarem os produtos que preferem.
É uma geração de pessoas que querem ser ricas e famosas, porque a riqueza e a fama são duas faces da mesma moeda; são faces da realização pessoal, de um modo de estar no mundo e na vida do Século XXI. Esses jovens cresceram e dominam a tecnologia como nenhuma outra geração anterior. Mas sabem que a fortuna e a fama apenas podem ser conquistadas através do domínio da tecnologia, e tal requer um sistema educativo de excelência.
Os Tofler acreditam que a riqueza e o desenvolvimento deste tempo serão criadas através do conhecimento e da inovação. O desenvolvimento de um país já não depende apenas da posse de riquezas naturais: depende sobretudo da utilização da razão humana para gerar fluxos de ideias, capacidades e inovação. Se acreditarmos na história que os Tofler contam, poderemos sem sombras de dúvidas afirmar que nunca antes tantos tiveram um recurso tão barato e bem distribuído ao dispor do bem-estar: a razão humana.
Hoje, a gramática do desenvolvimento já não se aprende nas fábricas nem nas minas, mas sim nos banco das escolas e nos laboratórias. Por isso, na mesma semana que Steve Jobs anunciou o iphone, aplaudi o anúncio do Centro de Informação, Tecnologia e Conhecimento a instalar em são tomé. Não espero que de lá venha a sair um iTv, mas tenho esperanças que São Tomé e Príncipe não deixe escapar o ciclo da razão para apostar no presente.

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