segunda-feira, 26 de março de 2007

Ainda Angola VIPC

A Petroleum Economist (adiante PE), de Janeiro de 2007 (pág. 41) diz o seguinte: «Angola: Oil production will peak in 2011 at 2,6m b/d and will start to decline from 2012, according to World Bank. A Bank report on the country also said it was risking the “resource curse” unless it better managed its oil revenues to fuel economic growth. The report came in the wake of the country’s application to join OPEC (see page 34).» (realce meu)
Na dita página 34 (que se folheia da esquerda para a direita, da perspectiva de quem começa de trás para a frente), a PE esclarece que a entrada dos novos membros Angola, Equador e Sudão (estes dois ainda não entraram!) a quota de produção global da OPEP (OPEC, em inglês) vai subir de 34% para 37%. Para além disso, estima-se que a produção angolana vá duplicar em 3 anos para os 2,8m b/d.
Conclusão: Não há consenso acerca da real capacidade de produção de Angola (aliás: era o que faltava o BM querer ter acesso a esses dados), mas ela é grande e de peso: temos VIPC! Mais: diz a PE que a entrada de Angola (e os demais acima indicados) na OPEP traz um sabor agri-doce: 1/ dá mais capacidade geopolítica ao país e à OPEP; mas 2/ coloca açaimes à sua liberdade produtiva. O lado negativo (para os detractores, o positivo) para a OPEP é que a entrada de novos membros torna as tomadas de decisões mais difíceis porque dilui-se a coesão do grupo.
Moral da história: Angola está no clube VIPC e a sua voz será ouvida no mercado mundial do petróleo (para cima ou para baixo)!
Nota de “cuidado com os foguetes que se atiram antes do final da festa”: Não vejam a tabela da pág. 47! Ela coloca Angola na secção dos «smaller countries» (atrás, curiosamente – e para quem não saiba – da China, que é um selected other countries com um output de 3.670m b/d em Nov. 2006: um dos 7 maiores do mundo. Dá que pensar não dá?)

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