sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Show me the money: o dinheiro dos nossos emigrantes

O relatório Sending money home: Worldwide remittances to developing countries, do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (em inglês: International Fund for Agricultural Development/IFAD) em parceria com o Banco Interamericano para o Desenvolvimento (Inter-American Development Bank/IDB), dá-nos uma imagem pollaroid do fluxo de remessas dos imigrantes mundiais em 2006. Alguns dados:

  • 150 milhões de emigrantes mundiais contribuíram com cerca de 300 mil milhões (não confundir com o anglo-saxónico billion) de dólares americanos;
  • África recebeu cerca de 40 mil milhões de dólares americanos da sua diáspora (de 29 milhões de cidadãos);
  • As remessas foram essencialmente utilizadas para prover às necessidades básicas (alimentação, vestuário e alimentação);
  • Mundialmente, uma parcela entre 10% a 20% foi destinado a poupança;
  • Em São Tomé e Príncipe, estima-se que as remessas corresponderam a cerca de 39% do PIB (o segundo maior em África a seguir à Guiné-Bissau: 48,7%).

O relatório conclui que há ineficiências na qualidade dos dados obtidos e no custos das transferências. No entanto e sem conceder, insta o mundo a transformar as remessas numa ferramenta de desenvolvimento mais eficaz. A ler, reflectir e exgir resultados na Cimeira Euro-Africana (Mugabe incluído). Vale também exigir aos Estados que tratem melhor a sua diáspora que, pelos vistos, merece mais e melhor que os simples abandonos e palavras de ocasião.

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